terça-feira, 19 de abril de 2011

Quem sou?

   
                               “Quem sou”
    Hoje, posso dizer que sou uma professora/aprendiz.
    Ao me deparar com esta nova geração tecnológica me senti um tanto quanto   desatualizada. Ao passar pela ditadura militar, abertura política e revolução tecnológica entendo que o aprendizado é sim, um viver diário, uma construção e uma transformação mútua.
    Tento despertar a curiosidade dos alunos, mas tento ir além, tento mostrar a rapidez com que tudo muda e ao mesmo tempo se acumula.
    Os alunos de hoje estão mais bem preparados tecnologicamente do que nós professores (refiro-me ao contexto em  que atuo), para mim, eles já estão preparados para utilizar os novos sistemas culturais de representação do pensamento. O que se faz necessário é direcioná-los: como tirar proveito deste conhecimento e como interagir com este conhecimento para suprir as necessidades básicas do ser humano.
    Aprender com os alunos só é possível quando passamos a ouví-los, e é aí que faço mudanças na minha forma de ensinar. Ensinar sem dizer: “cala a boca”, “escuta”, ”silêncio”, “espere”, “não use o orkut”,”não fale no msn”.Chega de não! Vamos usar o: “como você faria isto?”, “Como você entende isto?” È um exercício democrático diário.
    Sinto-me confortável para esta prática porque acredito que o ensino-aprendizagem se dá também pelo exemplo, e aprender é  para todos assim como ensinar é também uma prática de todos. Para mim, o principal desafio de todos nós professores, é atualizar os nossos papéis e nossas competências, mudando, transformando e inovando a nossa prática pedagógica. E o pressuposto para vencer este desafio é, talvez, rever a nossa formação.